quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Aos Meus Queridos Companheiros de Jornada

Felizmente no dia de ontem fui liberado por meu médico para retornar ao meu lar. Todavia, foram feitas algumas orientações e proibições que se fazem necessárias tendo em vista a seriedade que meu estado de saúde ainda requer, por pelo menos mais quinze dias. Uma delas é a de sentar-me diante do computador e, todos vocês sabem das dificuldades de cumprir pelo menos este item, mais espero que me perdoem de não responder vossos Emails.
Entretanto, foram tantas as manifestações positivas recebidas, que não poderia me furtar de fazer aqui um registro e um agradecimento a todos vocês que fazem parte da minha família USJ.
Foram momentos extremamente difíceis que passei, mas tenho certeza absoluta que os fluidos benéficos a mim repassados, através de pensamentos positivos e preces de todos vocês meus queridos me alcançaram e amenizaram minhas dores.
As manifestações de carinho a atenção com minha família, realizadas desde a Reitoria de nossa USJ, nossos mestres e colegas de jornada da grande família Ciências da Religião, jamais poderão ser mensuradas por mim, pois elas transcendem a qualquer entendimento.
O que posso dizer é da alegria que sinto por estas manifestações, na medida em que reforçam a certeza de que ainda existem seres humanos especiais como vocês vibrando e buscando encontrar variáveis que permitem sim um mundo melhor, mais humano e muito mais feliz. Que bom saber que nós da família CR estamos trilhando por caminhos certos e que haveremos sim de vencer obstáculos e tornarmo-nos multiplicados dessas grandes idéias de compreensão, tolerância e respeito para com nossos semelhantes.
No domingo ainda muito assustado no leito da UTI resolvi ler um livro levado por meu irmão Vanir, “As dores da Alma” de Francisco do Espírito Santo Neto e lá na pagina 95 lemos:
(...) Segundo Pascal, o grande pensador científico-filosófico do século XVII, “a verdadeira natureza do homem, seu verdadeiro bem, sua verdadeira virtude e a verdadeira religião são coisas cujo conhecimento é inseparável. (...) Nestes nossos apontamentos sobre solidão, não estamos nos referindo á “tristeza de estar só”, mas sim, necessariamente, á, “quietude íntima“, tão importante e saudável para que façamos um trabalho de autoconsciência, valorizando as nuances de nossa vida interior. (...) Ninguém é capaz de seguir sua verdadeira estrada existencial, se não refletir sobre sua essência. Não encontraremos o caminho de que verdadeiramente necessitamos, se nós mesmos não o buscarmos, usando nossos inerentes recursos da alma para perceber as inarticuladas orientações divinas em nós.
Esta leitura me ajudou muito e deixo para juntos refletirmos e deixar declarado todo meu amor por vocês e que logo estarei pessoalmente juntinho de todos usufruindo deste calor humano e familiar.
Um grande abraço e beijos do Valter e família.